Doze anos depois em 2005 o São Paulo voltou a conquistar o título mundial de clubes. Entre as duas eras existe, porém, um abismo a separá-las. No estilo e no modelo. Tacticamente realista, o onze de Paulo Autuori é a imagem fiel do novo futebol brasileiro, com centrais duros (Lugano-Fabão-Edcarlos), laterais ofensivos (Cicinho-Junior), médios lutadores (Josué-Mineiro-Danilo) e avançados peitudos (Amoroso-Aloisio).
Há mais de uma década, em 92 e 93, sob orientação de Telê Santana, o onze paulista brilhava com um futebol sedutor, interpretado por craques como Rai, Cafu, Muller, Leonardo, Palhinha e Cerezo. Um estilo ofensivo que valeu a conquista de duas Taças Intercontinentais consecutivas derrotando os dois grandes monstros europeus da época, o Milan de Capello, e o Barcelona de Cruyff. Guiado pelos, digamos, europeizados conceitos táticos de Paulo Autuori, o São Paulo espelha os novos tempos do futebol brasileiro, Menos artístico, mas mais adulto taticamente, Uma nova realidade que, desde logo, emerge do estilo do meio campo, onde em vez de grandes dribladores, surgem antes volantes ladrões de bolas, os cabeças de área brasileira, estilo personificado em figuras, como Josué, Renan e Mineiro, jogadores-chave do onze durante o ano de 2005, onde, depois da conquista do campeonato paulista e da Copa libertadores reconquistou o título mundial no ano de 2005, ganhando de 1x0 do Liverpool da Inglaterra.
Fonte: http://www.planetadofutebol.com/artigos/sao-paulo-campeao-do-mundo2005
Letícia Aparecida
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