Primeiramente é preciso saber o que é a TV digital, quando e onde surgiu esse termo. O coordenador do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da USP, Marcelo Knörich Zuffo em uma cerimônia realizada no dia 29 de junho no Palácio do Planalto, em Brasília, para anúncio oficial da escolha do modelo japonês de alta definição para a TV digital brasileira concedeu uma entrevista que seria publicada pelo jornal da USP, falou a respeito da TV Digital no Brasil e os desafios que despontam na atualidade.
Segundo as palavras de Zuffo a TV digital surgiu no Japão, quando começaram a trabalhar o conceito de Alta Definição. Devido aos altos custos da tecnologia as pesquisas permaneceram paradas por 20 anos, quando ocorreram avanços importantes na decodificação multimídia, uso da internet, surgimento dos arquivos MPEG, novos tipos de monitores, como o plasma.
Com os avanços e o grande mercado que despontava no cenário, a concorrência se acirrou, ocorrendo rupturas entre japoneses, europeus e norte americanos em busca da patente do novo negócio. Desde 1995, quando os EUA patentearam a TV Digital, japoneses e europeus saíram em busca de seus próprios caminhos, afirma Marcelo Zuffo.
Marcelo Zuffo diz se vale a pena ou não migrar da TV analógica para a TV digital, Marcelo usa o termo “uma coisa puxa a outra” para explicar, segundo ele as tecnologias novas deverão fazer parte dos currículos de faculdades de comunicação, engenharia e outros envolvidos com a produção audiovisual. A academia e poder público deverão começar a discutir as alterações urgentes a serem feitas no sentido de fiscalização e aspectos legais da nova tecnologia e todas as suas vertentes na internet, por exemplo. Portanto, se não se implanta a TV, se impede o crescimento, o desenvolvimento e o alinhamento do país com o que já está acontecendo nas entrelinhas da internet e desbancando grupos de comunicação estruturados em todo o país.
Já que essa migração é tão importante para o desenvolvimento do país, é preciso saber o que muda para os telespectadores, Marcelo Zuffo diz que vai depender do que dermos conta de exigir em lei. O povo só vai aderir se chegar até ele antes, se souber do que se trata, se compreender do que se trata. Ou vai, mais uma vez, só engolir, sem ao menos saber do que se trata hoje no Brasil, o serviço de radiodifusão é uma concessão, mas já se cristalizou de tal forma, que não se cogita discutir se realmente se quer esses permissionários estão cumprindo os seus deveres mínimos, previsto na legislação de mais três décadas atrás.
As emissoras publicam o que querem em nome do IBOPE, um telespectador completamente apático, indefeso em relação aos conteúdos que recebe. Ele só pode, dizem muitos, apregoando o direito de escolha, apertar o botão de liga/desliga ou mudar o canal. E quanto a TV paga ou TV a cabo muitos reclamam da falta de diversidade, ou seja, é praticamente a mesma coisa o conteúdo muitas vezes é repetido em ambas.
Hoje na internet, podemos entrar no portal da Globo e, depois de um dia exaustivo, montar nossa própria programação. Claro, se for assinante da Globo.com, tenho acesso a boa parte dos conteúdos. Se não fico sujeita só ao que eles querem publicar como sendo do interesse público. Ninguém regula isso, o que deve ou não ser publicado abertamente, de graça.
Se não tivermos conteúdos novos, de nada adianta. Tudo vai ser feito, mas se não nos anteciparmos em mudar e definir melhor as grades de programação das TVs seja elas abertas, pagas, digitais, podcasts: é o mesmo que nada. A esperança, realmente, está na seriedade com que os governantes abrirem esses debates com a sociedade. A seriedade como os jornalistas enfrentarão os lobistas. A seriedade como os criativos da comunicação trabalharão novos formatos.
Para uma tecnologia como essa nos ser útil é preciso interagir com ela e saber exatamente do que se trata, já que tudo isso é criado para facilitar e melhorar a vida de todos nós e não apenas segundo palavras do professor Marcelo Zuffo ser “engolido”, se a tecnologia esta nos oferecendo isso tudo é preciso que nós também saibamos como receber toda essa informação para fazer um bom e adequado uso do que nos está sendo oferecido.
Esse vídeo consiste em uma chamada da emissora rede globo anunciando a nova tecnologia da TV digital.
TV digital nos celulares
Após muitas campanhas publicitárias prometendo televisão a qualquer hora e em qualquer lugar, o Sistema de Televisão digital Brasileiro aberto e livre de custos finalmente está se solidificando. Até o momento, as operadoras se apoiavam em seus serviços de transmissão de dados (EV-DO e GPRS) ou de voz para efetuarem a difusão dos canais para seus clientes. Além do problema da compatibilidade e do alto custo para os usuários (que se viam forçados a aderência de um plano de dados), faltava também legalização, pois não estavam previstas quaisquer regulamentações pela ANATEL, sendo o conteúdo transmitido por meio de adaptações.
A imagem da TV no celular também será digital já que o sinal aproveitado é o mesmo emitido para as transmissões digitais convencionais de televisões. Sendo assim, basta ter um aparelho compatível com o serviço para receber a transmissão pela antena, sem pagar absolutamente nada, em um canal adequado de comunicação.
São necessárias mudanças especiais aos aparelhos, o que não é de todo ruim, haja vista que no Brasil a recepção e exibição da imagem nos portáteis serão superiores à dos demais modelos.
Mesmo com toda uma frente pensada para isso, há a possibilidade de perda de detalhes nos aparelhos portáteis. Isso se dá principalmente pela queda de tamanho em relação às TVs convencionais. Detalhes que já são pequenos na televisão de alta definição ficarão praticamente invisíveis em suas mãos.
Outro problema que as fabricantes devem encarar (e que afetará diretamente os usuários) é a duração de bateria. Celulares dotados do recurso devem ser mais inteligentes no consumo e dotados de baterias mais eficazes, proporcionando ao usuário cerca de 3 horas e trinta minutos contínuos de programação.
Esse tipo de tecnologia nos permite assistir nossas programações favoritas em qualquer lugar e não apenas em casa em frente a nossa TV convencional, podemos assistir TV a caminho do trabalho no ônibus ou metrô, em uma sala de espera, entre outros, o que é excelente para nós publicitários que teremos nossas propagandas ainda mais assistidas.
Vídeo da propaganda da Vivo anunciando a nova tecnologia da TV digital no celular:
Letícia Aparecida
Fontes:
http://www.oficinadanet.com.br/artigo/tv_digital/afinal_o_que_e_tv_e_o_que_e_digital
http://www.baixaki.com.br/info/1651-tv-digital-nos-celulares.htm